Sou um entusiasta do uso da Inteligência Artificial! No início, confesso que demorei um pouco para entender “o que era, onde vivia e o que fazia”. Mas, depois que descobri o quanto ela poderia ser útil — tanto no meu aprendizado pessoal quanto na vida profissional — não larguei mais.
Uso a IA para diferentes finalidades, especialmente na busca por conhecimentos técnicos (computação, finanças e matemática). E, claro, às vezes recorro a ela também para entretenimento: como escritor, gosto de explorar temas que envolvem meus textos de ficção investigativa, especialmente dentro do subgênero noir — em SZABO, mergulhei nos detalhes do enredo. Quem tiver curiosidade, compartilho mais sobre isso em ginonetto.com.br.
Mas recentemente fui convidado a refletir sobre como a IA pode ser usada de forma consciente no ambiente educacional — seu impacto no aprendizado, questões éticas, uso responsável e sua influência nos métodos de avaliação.
Abaixo, compartilho algumas reflexões pessoais sobre o tema:
- Sempre que tenho uma dúvida técnica, recorro à IA para entender os conceitos e aplicações. Normalmente, as respostas são úteis. Mas gosto de ir além, de questionar, aprofundar e debater o tema para realmente compreender e não simplesmente obter uma “resposta pronta”.
- Esse processo torna o aprendizado mais significativo para mim, porque me ajuda a organizar as informações e explorar mais profundamente os assuntos ao invés de apenas aceitar a primeira resposta que recebo. Esse hábito evita a dependência cega da IA e fortalece minha autonomia intelectual.
- É importante lembrar que o “copiar e colar” sempre existiu — antes mesmo da IA, com livros e sites. O que mudou foi a velocidade e facilidade com que isso acontece. No entanto, a responsabilidade continua a mesma: cabe ao aluno decidir se quer apenas entregar uma tarefa ou, de fato, aprender algo com ela.
- A ética no uso da IA está diretamente ligada à intenção e à honestidade intelectual de quem a utiliza. Nos tempos da escola, era comum ver nos trabalhos em grupo diferentes níveis de envolvimento: quem pesquisava, quem escrevia, quem só assinava. Na hora da apresentação, era fácil perceber quem realmente tinha entendido o conteúdo.
Com o uso da IA, o mesmo princípio se aplica — é preciso que a avaliação vá além do texto escrito e considere a capacidade do aluno de explicar e discutir o que produziu.
Muitas empresas já adotam a IA em processos criativos, de planejamento e desenvolvimento, mas quase sempre o que ela entrega precisa de refinamento. O problema surge quando não há filtro, revisão ou bom senso nesse processo.
Vejo a IA como um excelente ponto de partida, uma ferramenta que impulsiona ideias, mas que nunca deve ser o caminho completo.
O importante é manter a consciência crítica e o senso de propósito em tudo o que ela nos ajuda a construir.